Transformação digital 2019: avanços e desafios

Juan Pablo Mena Success
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A transformação digital é um processo que avança muito rápido, de acordo com o Fórum Econômico Mundial de 2022 as máquinas realizarão um 42% das horas de trabalho, em comparação com o 29% de hoje. E embora 75 milhões de empregos que serão deslocados, 133 milhões de novas funções serão criadas, um dado para que o Ensino Superior esteja preparado.

As grades curriculares das IESs devem estar na vanguarda dessas mudanças, com um planejamento estratégico abrangente que atenda às demandas que a sociedade e o que os novos alunos precisarão. A tecnologia contribuirá para que a inovação seja uma constante. Mas com que cenário as universidades recebem essa mudança? E quais são as principais tecnologias disponíveis?

 A continuação, lhes contamos quais são os desafios e avanços para a transformação do Ensino Superior neste ano de 2019.

Três grandes desafios

Financiamento

As perspectivas para o financiamento do ensino superior estão mudando; mais matrículas, mais deserção, e menos verbas estaduais para o financiamento. Como resultado desse impacto, as universidades dos Estados Unidos reagiram com a busca por fundos privados.

As doações estão em alta, o Education Dive indica que no ano passado a Universidade de Michigan concluiu uma campanha recorde de levantamento de fundos com US$ 5 bilhões, assim como a Universidade de Washington, seguida pela Universidade da Carolina do Norte com US$4,25 bilhões, por sua vez, a Universidade da Flórida tem o objetivo de US$ 3 bilhões.

No Chile a situação é variável, a metade de todos os recursos registrados através da lei de doações  foram concedidos a duas universidades, Universidade dos Andes e Universidade Pontifícia Católica do Chile.

Avaliação de qualidade

Como demonstrar que os profissionais treinados na instituição estão preparados para as necessidades do mercado? As IES adotaram novas medidas para que sua formação não se torne obsoleta, oferecendo diplomas de curta duração dentro da carreira, ou fazendo alianças diretamente com a indústria para gerar currículos específicos com esse feedback. Um bom assessmentpermitirá verificar, em qualquer dos dois casos, a realização das competências que os alunos precisam.

Por outro lado, a internacionalização do Ensino Superior exige padrões elevados para as escolas, que vão para as agências de credenciamento para certificar sua qualidade. Um exemplo disso é a ABET, aproximadamente 85.000 estudantes estão graduados pelosprogramas acreditados pela instituiçãoa cada ano, e milhões de graduados receberam títulos de programas acreditados pela ABET desdeo ano de 1932.

Uso de dados

Embora ainda esteja emergente, as universidades estão trabalhando por uma cultura institucional para o uso correto de seus dados, o que lhes permite usar ferramentas de análise para diversificar cada vez mais.

A dificultade dessa tarefa está no pessoal encarregado dessa tarefa. Um estudo realizado no ano de 2018 revela que, devido aos múltiplos stakeholders interessados nos resultados dos alunos,  um governo de dados se torna fundamental. 

Seja na América Latina ou nos Estados Unidos, os problemas do Ensino Superior permanecem os mesmos. Os contextos são semelhantes, a vantagem que eles têm nos Estados Unidos é que eles têm sistemas transacionais para registrar todas as informações mais robustas e isso permite, no nosso caso, que o u-plannertenha tempos de implementação muito menores. Isso acontece em menor escala com alguns clientes na América Latina.

As demandas da comunidade educacional, bem como da sociedade e as novas tendências influenciam diretamente as prioridades das universidades. A EDUCAUSE considera que os mais destacados são os seguintes:

1. Crescente complexidade das ameaças de segurança.

2. Abordagem de sucesso do aluno/ imperativos.

3. Tomada de decisões baseadas em dados.

4. Crescente complexidade da tecnologia, arquitetura e dos dados.

5. Contribuições de TI para a excelência operacional institucional.


A partir de qual ponto as IES podem fazer a diferença

O mercado de Ensino Superior tornou-se cada vez mais exigente, e encontrar osmelhorestalentospara atingiro alto desempenho é um desafio crescente. Educationsrealizou um estudo que revela qual é a principal informação que privilegia um aluno ao escolher onde estudar.

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Os fatores são diversos: informações detalhadas sobre o programa, oportunidades de bolsas, currículo e requisitos de admissão.

Mas como lidar com esses fatores? A integração da tecnologia nos processos de melhoria contínua, do monitoramento do sucesso do aluno  ou do planejamento estratégico estão transformando a maneira pela qual as decisões são tomadas.

A tecnologia que permite entender o comportamento do aluno dentro da sala de aula digitalmente, na universidade e em seus sistemas permitirá obter tanta informação que melhorará a experiência de forma significativa em pouco tempo. Será cada vez mais difícil para as instituições tomar decisões sem evidências na análise de dados.

Através da solução de Planning, por exemplo, o Instituto San Ignacio de Loyola obteve em dois meses um 8% de otimização das suas aulas, 6% a mais do tamanho do grupo e 12% mais de alunos por matrícula. Outro exemplo de melhoria contínua foi o que aconteceu na Facultade de Engenharia da Universidade Pontifícia Católica do Chile, que graças à solução de Assessment, obteve o credenciamento da ABET.

Tecnologias estratégicas

Para alcançar bons resultados, as IES necessitam avaliar qual é a solução adequada para os desafios que precisam enfrentar. A EDUCAUSE fez um ranking  das tecnologias estratégicas mais utilizadas, aqui mostramos as que consideramos mais relevantes desse raking:

Usos das API:

Uma API é usada para que vários aplicativos se comunicarem entre si, isso permite que os diferentes sistemas que tenham as instituições de Ensino Superior possam seintegrar rapidamente, ou que novos aplicativos possam ser gerados usando APIs de sistemas diferentes.

Salas de aulas de aprendizagem ativa:

São ambientes de aprendizagem projetados com foco tecnológico e pedagógico. Para issosão frequentemente utilizados telefones, telas, projetores ou qualquer ferramenta que suporte a aprendizagem.

Data center misto (nas instalações e baseados na nuvem):

É um efeito da transição das IES para funcionar na nuvem, enquanto esta mudança é realizada, elas continuam a ter um data center local, o que requer uma estratégia que englobe ambos os ambientes.

Recursos educacionais abertos:

Os recursos educacionais abertos (REA) são documentos e meios de acesso aberto e com uma licença aberta que pode ser útil para o ensino, aprendizagem, avaliação e pesquisa.

Tecnologias de acessibilidade:

A tecnologia disponível para usuários com diferentes tipos de deficiência.

Tecnologias para melhorar a análise dos dados dos estudantes:

Essas tecnologias permitem encontrar as tendências no comportamento dosalunos, diferentes fatores que influenciam seu comprometimento com a instituição, afetam sua graduação oportuna ou, ainda mais, sua deserção.

Análise preditiva para o sucesso dos alunos (nível institucional):

Soluções integrais como Student Success do u-plannerpossuem algoritmos que são treinados com os dados da instituição para detectar os principais fatores de risco do abandono de estudantes. Esse tipo de aplicativo permite um aviso antecipado e acompanhamento para alcançar o sucesso do aluno.

 

Um algoritmo define a experiência do aluno, que é muito poderosa. Requer uma série de decisões estratégicas, baseadas em dados, para construir uma experiência que leve o aluno, não apenas para o sucesso escolar, mas para que se torneum líder. As soluções dou-plannerservem para tomar decisõesmicrosque afetam a milhões.

Conclusão

É possível começar a transformar o ensino superior de diferentes ângulos, aqui revisamos os desafios para as IESs e quais são as prioridades dos alunos ao escolher um campus, e ainda mais, as tecnologias que estão sendo priorizadas para abordar o universo que significa ensino superior.

Embora ainda não signifique uma revolução, esse é um fenômeno que acabará mudando completamente a experiência dos alunos, tanto em relação ao aprendizado quanto da forma como vivenciam a experiência no campus.

 

Student Success (Portugués)